sábado, 28 de maio de 2011

Carta Aberta a População Brasileira

18 DE MAIO DE 2011

Nós usuários de saúde mental portadores de sofrimento psíquico militantes antimanicomiais junto com nossos parceiros e amigos trabalhadores da saúde mental e nossos familiares engajados nesta luta nesta militância viemos denunciar e repudiar neste 18 de maio a forma como parte da mídia e setores da psiquiatria conservadora deste estado e do país vem tratando os usuários de saúde mental portadores de sofrimento psíquico. Estamos sendo vítimas de tratamento preconceituoso e agressivo por estes setores da sociedade, estamos sendo tratados como criminosos, como pessoas perigosas e que não podem estar vivendo em sociedade.

Queremos informar a bem da verdade que não somos perigosos e é fato comprovado estatisticamente de que é muito pequeno e raríssimo o numero de pacientes psiquiátricos usuários de saúde mental que por motivo de transtorno psíquico cometem algum tipo de crime ou delitos graves.

Nós não somos psicopatas somos portadores de algum tipo de doença psíquica o que não nos impede de viver em sociedade no convívio com os ditos normais.

Neste 18 de maio, data que em todo o pais se celebra o dia nacional da luta antimanicomial, dia de luta contra o sistema manicomial, queremos dizer mais uma vez e quantas forem precisas que este sistema sim que é perigoso e que ainda mal trata, prende e exclui os usuários de saúde mental dos seus mais elementares direitos que é o direito a ser tratado em liberdade e com dignidade e respeito a pessoa humana nossa solidariedade a todos os usuários pacientes psiquiátricos que sofrem com esta agressividade.

Em uma internação no hospital psiquiátrico há varias violências, como eletrochoque, contenção mecânica e excessiva medicação e só acontece porque a sociedade permite o que não tira a culpa da psiquiatria conservadora . As mesmas pessoas que choram quando vem reportagens sobre hospitais psiquiátricos são as mesmas que não aceitam os portadores de sofrimento psíquico na comunidade na escola no trabalho.

Pessoas com sofrimento psíquico não significam perigo constante a sociedade tanto que ninguém é 24 horas por dia dentro da casinha. Queremos oficializar um documento onde nós próprios possamos escolher nossos responsáveis, quer familiar ou não, para nos visitar buscar e levar em alguma instituição psiquiátrica pois muitas vezes infelizmente alguns familiares são responsáveis pelo adoecer.

Queremos lembrar a sociedade que estamos em plena vigência da lei de reforma psiquiátrica gaúcha e brasileira e hoje temos varias alternativas de tratamento que dispensa o já velho e torturador sistema manicomial dos hospitais psiquiátricos. Estamos na era dos caps, das internações em hospitais gerais, das oficinas terapêuticas, do modelo de residenciais terapêuticos, entre outros, bem como também cobramos dos gestores, quer municipais estaduais e nacional, programas que ampliem a rede substitutiva já existente. Hoje estes usuários criaram associações participam dos conselhos de saúde de grupos de trabalhos de conferencias de saúde, destes usuários pacientes psiquiátricos saíram

Poetas, artistas plásticos, palestrantes. Estamos na vida na sociedade.

Tudo que queremos é sermos tratados com respeito, com dignidade, respeitando as diferenças e convivendo com os ditos normais em uma relação de harmonia. Afinal, DE PERTO NINGUEM É NORMAL.

TEXTO AUTORIA:
USUARIOS MILITANTES DO FORUM GAÚCHO DE SAÚDE MENTAL
INTEGRANTE DA RENILA - REDE NACIONAL INTERNÚCLEOS DA LUTA ANTIMANICOMIAL

terça-feira, 24 de maio de 2011

Apresentação e o que é CAPS

O Caps "Asas da Liberdade" íniciou suas atividades em Outubro de 2002.
É um serviço criado para diminuir gradativamente as internações psquiátricas a promover a inserção dos usuários no convívio familiar e social.
O projeto do CAPS "Asas da Liberdade" de Uruguaiana se efetiva através de uma equipe multidisciplinar, que conta com trabalhadores sociais, que além de suas especialidades se propõem a atuar dentro de uma relação terapêutica mais próximo do usúario e familiar.
A Proposta de trabalho do CAPS II "Asas da Liberdade" baseia-se no tripé: Equipe Interdisciplinar, Família e Projeto Terapêutico Individual.
Um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), constitui serviço extra-hospitalar de assistência pública, aos problemas de saúde mental, individual e coletiva.
É uma unidade regionalizada, com uma população de abrangência definida.
Local para onde se referenciam os usúarios oriundos de instituições, demandas espontâneas e de outros serviços da rede SUS.
Diferencia-se do Ambulatório Especializado em Saúde Mental quanto a assistência interdisciplinar e integral, bem como a participação de família e da comunidade. 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

1ª Parada Gaúcha do Orgulho Louco

Foi realizado na última Sexta na cidade de Alegrete a 1ª Parada Gaúcha do Orgulho Louco
Contando com a presença de vários Caps e equipes de saúde mental de todo o estado
Foi apresentado danças, cantores, corais, capoeira, feiras de artesanatos confeccionados pelos próprios usuários mostrando para a comunidade que pessoas com transtornos mentais não devem ser excluídas de uma sociedade onde o preconceito fala alto.
Mostrando também o talento de cada instituição e o esforço de todas as equipes de saúde mental para levar para Alegrete a melhor apresentação possível.