terça-feira, 23 de agosto de 2011

Usuários de drogas e familiares integram grupos terapêuticos em Uruguaiana

Os coordenadores e psicólogos do setor de Saúde Mental da Secretária Municipal de Saúde (SMS) realizaram na manhã de ontem um encontro inédito sobre o assunto. Em vez dos ambientes fechados em que os atendimentos a pacientes e familiares são feitos, a Praça Barão do Rio Branco foi o cenário para diálogo franco e aberto que caracteriza o trabalho dos profissionais. No local, durante o período da manhã, cerca de 30 pacientes e familiares ouviram as colocações feitas pela coordenadora sanitarista Elinar Stracke e pelas psicólogas Maria Angélica Brazeiro e Ana Cláudia Alves. A movimentação chamou a atenção do prefeito Sanchotene Felice que deixou seu gabinete no Palácio Rio Branco, atravessou a rua e foi confraternizar como o grupo. “ É realmente um trabalho abençoado e um desafio que precisa ser vencido” enfatizou Felice ao falar ao ar livre para os participantes do encontro.
“Quando se trabalha em grupo o sucesso é garantido, quando as pesssoas se juntam e tem vontade de encontrar caminhos, o milagre acontece”.

O desafio do familiares

Segundo a psicóloga Maria Angélica Brazeiro, o atendimento a três grupos de dependentes químicos e a um grupo terapêtico de familiares, totalizando 60 pessoas, é ralizado todas as terça-feira, nas depedências do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que neste dia é liberado exclusivamente para essa atividade. Outros pacientes que ainda não chegaram aos grupos são atendidos em nível ambulatorial. O trabalho é realizado há três anos e os resultados são positivos. “Muitos não conseguem ainda integrar um grupo terapêutico, mas participam de outras atividades, principalmente esportivas”, obeserva Maria Brazeiro. A psicóloga recomenda aos familiares de dependentes químicos de álcool e drogas para que procurem frequentar esses grupos, mesmo que a pessoa que necessita de ajuda recuse tratamento. “Temos casos de usuários de drogas que passaram a frequentar três meses depois que o familiar passou a participar das reuniões e hoje estão recuperados”, salientou Maria. Já a psicóloga Ana Cláudia Alves, informou que além dos grupos terapêuticos, qualquer pessoa que procurar ajuda diariamente serão acolhidas encaminhadas pelos profissionais no Ambulatório da Secretária Municipal de Saúde.

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César Fantti – Jornal Diário da Fronteira do dia 17 de Agosto de 2001

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Consultório de Rua


O projeto visa a abordagem aos usuários de álcool e outras drogas que tem a rua, como seu espaço de referência e moradia no município de Uruguaiana, pois além de serem pessoas sem vinculo familiar e com um estigma que dificulta muitas vezes o seu acesso aos serviços de saúde.
Uruguaiana está localizada na região da fronteira oeste, a 700 km de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, limita com Argentina, Passo de Los Libres a 600 km de Buenos Aires.
Considerada porta de entrada da América do Sul com significativa frota de caminhões circulando em função da Exportação e Importação de produtos originários do centro do país, visto então como o maior porto seco do país.
Uruguaiana está incluída no PEAD, cujas diretrizes são: o direito ao acesso ao tratamento, a redução da lacuna assistencial, o enfrentamento do estigma, da qualificação de redes de saúde, da adoção da estratégia de redução de danos e do reconhecimento de determinantes sociais de vulnerabilidade, riscos e padrões de consumo.
           O presente projeto pretende identificar e construir linhas, traçados, desenhos que apontem para configuração de uma rede de cuidado em saúde mental para o município de Uruguaiana através da abordagem do consultório de rua em integração ao CAPS e ES do Município.
           Com o projeto, estaremos oferecendo às pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas ações de promoção, prevenção e cuidados primários no espaço da rua especialmente em crianças, adolescentes e jovens, respeitando  às diferenças,   promovendo  os direitos humanos e  a inclusão social, enfrentando  o estigma, as estratégia de redução de danos e a intersetorialidade.